(o texto a seguir foi anteriormente publicado neste blogue, mas apagado posteriormente. Em comemoração ao Dia do Chocolate, republico)
~ música de fundo: Paixão Segundo São Mateus (Bach) - Ária "Erbame Dich"
Quando pensamos em coisas que nos fazem sentir bem,
provavelmente vem-nos à memória um chorrilho, ou melhor dizendo, uma panóplia
imensa de actividades, tais como: ler livros, escrever textos, ver séries, ver
filmes, cozinhar, desenhar, etc. Por exemplo, uma das minhas actividades que me
dá mais prazer é algo que nos faz mal à diabetes, obesidade e outros problemas
cardíacos – comer chocolate. (e não é qualquer chocolate, é comer
qualquer coisa com chocolate, excepto bolos feitos de supermercado. Parece
que é tudo artificial e dá um gosto na boca que não é assim muito aprazível.)
O meu problema é que eu como sem noção do que estou a fazer
(mesmo que às escondidas, pois isso implica que já tenhamos um plano para
atacar o pacote de bolachas mais próximo. E isso implica alguma noção, não é?)
– essa sensação é como se um monstro se apoderasse da minha mente e, mesmo
tendo alguma consciência para pensar nesse plano, esse monstro na minha cachola
não me deixa parar a ação de procurar chocolate para comer, caso
contrário, fico ansioso por não ter comido o tal chocolate ou até
aquela bolacha apetitosa com pepitas de chocolate, perfeita para molhar no
leite.
Se já tentei fazer algo para diminuir a intensidade deste
monstro que só come chocolate? Sim, claro, recorrendo a dietas, conversas
de malucos comigo mesmo, mecanismos de compensação por recompensa e por comida
(como uma coisa de chocolate por dia) e até aplicações. Até a técnica
ancestral dos pais que é: “come uma fruta” – como se um, resolvesse esta
vontade quase intensa de comer aquele néctar dos Deuses e como se dois, fosse
fácil excecutar essa tarefa sem eu fazer o mesmo que faço ao chocolate –
comer até rebentar.
[ok, é uma boa técnica, talvez.]
Mas uma coisa é certa – nenhuma técnica irá resultar
sozinha, pois, na minha opinião, eu devia criar um sistema misto entre todas as
que apresentei há bocado. De um lado, temos a técnica de comer uma coisa
de chocolate por dia, que poderia adotar para uma das duas refeições
livres que tenho – lanche e pequeno-almoço, onde numa delas escolheria algo que
contenha chocolate. Por exemplo, poderia comer ao pequeno almoço algo mais
saudável e ao lanche uma coisa (dentro dos limites, ou seja, desde que não
atinja o nível de alarvidade, tipo 2-3 bolachas de pepitas).
Do outro lado, temos a ingestão de fruta caso me sinta
desconfortável e com uma vontade imensa de comer tal comida achocolatada.
[em último caso: não comer comida achocolatada e resistir
como se não existisse chocolate.]
Outro problema que notei ao comer chocolate é o
“egoísmo” que tanto os meus familiares repetem que tenho, pois parece que não
olho que alguém poderá comer aquilo que estamos prestes a abocanhar. Notícia de
Última Hora: sim, é verdade. Não tenho qualquer tipo de empatia [ou
será que é um tio, em vez de tia?] assim que tenho aquele pico da
ansiedade de aspirar, qual aspiração central para sugar as migalhas que estão
no chorão, um pacote de bolachas intituladas de “Joaninhas”, por exemplo!
Não tenho como ter empatia pelo outro, já que a minha cabeça
está tão submersa em pequenos goblins que querem comer tudo e mais alguma
coisa. (se calhar a solução passa por criar uma caixa destinada a mim, com um
pacote de bolachas “joaninhas” e um pacote de “cookies” que são repostos, tal
como a mesada, no início de cada mês. Não?)
[Enfim, só soluções, ao envés de tentar desabafar como
sinto, que é o propósito desta crónica, que mais se parece neste momento a uma
ata de uma reunião, onde é exposto soluções debatidas para acalmar o monstrinho
das bolachas ao nível do chocolate, que pernoita nesta pensão chamada
mente e que cujo horário de pequeno-almoço é das 9h às 11h.]
Este texto não teve ajuda de Inteligência Artificial.
Comentários
Enviar um comentário